domingo, 14 de julho de 2013

Sinto-me útil


Não, não é um estado de espirito do facebook, é uma permanência de estado. Ser treinador destas jovens praticantes de andebol faz-me ser quem sou. Não é só um emprego, também o é, obriga-me a estudar, a aprender a estar alerta a todos os indicadores que elas me transmitem, a ter competências técnicas, dominar as características de ação no treino, o diagnóstico, a análise e a intervenção, obriga-me a estar pronto para reagir às expectativas e isso faz-me útil.

Treinar este grupo de jogadoras, é um privilégio porque elas exigem aprender, e isso é tão raro, que quem está fora deste mundo não consegue imaginar o prazer que dá trabalhar com estas jovens praticantes.

Esta foi uma grande época, com resultados desportivos muito bons, aumento substancial do numero de praticantes, e mais importante que tudo a criação de um grupo de jovens, cheias de bons valores pessoais e com um futuro brilhante pela frente.

Não quero poetizar demasiado, mas esta é para recordar. Por tudo. Jogadoras exemplares, bons treinos, bons jogos, excelentes torneios, e mais importante que tudo o excelente ambiente que se viveu dentro do grupo de trabalho.

Este parágrafo demorou horas a escrever, e corre o risco de não ficar nada de jeito, mas sinceramente, não tenho palavras para vos agradecer pelo apoio dado durante estes anos. Obrigado Maria da Luz, obrigado Ana Pernes Pereira e obrigado a todos os que nos ajudaram sempre que foi preciso. Obrigado.

Costuma-se dizer que ninguém é insubstituível, pois lamento informar que isso não é verdade, vocês são, Maria, Janine e Fábia este clube sem vocês resistirá, mas nunca será o mesmo. Beijinhos, boa sorte e têm aqui um amigo para a vida, sentiremos todos muito a vossa falta. De certeza.

Agora para terminar o testamento, desculpem lá, uma palavra aos pais das nossas jovens jogadoras. Paciência, o futuro é delas, algumas não vão já jogar, vai demorar, outras vão jogar pouco, já não vai demorar tanto, outras vão aparecer, outras vão-se esconder e ter medo de assumir o jogo, tudo faz parte.

O juiz desses comportamentos é o vosso humilde treinador. Deixem-me trabalhar, que há uma garantia que dou a todos, tudo o que faço é para o melhor desenvolvimento das nossas jogadoras, mesmo que o melhor seja não jogar e sim, isso é possível. Tudo tem o seu tempo, e nas diferentes etapas do desenvolvimento, temos de esperar diferentes resultados. Há quem com seis anos já saiba ler e quem tenha 10 e sinta dificuldades, mas não é por isso que o professor a vai obrigar a ler “os Maias”, sem tem 10 anos mas ainda tem dificuldades, tem de se adaptar, e isso sim é proteger um jogador, não é entrega-lo às feras e ver o que dá. Paciência.

Tirando isto, um imenso obrigado também a todos os pais que nos acompanharam durante esta longa época.



Boas férias a todos e Força AREPA…


o técnico 
Sérgio Braz

2 comentários:

  1. Que inspirado que estavas, bonitas palavras e realidade em todas elas.
    Espero que faças parte do nosso grupo de trabalho por muito tempo.
    Bjs e boas ferias a todos :)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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